O senador Cleitinho (Republicanos-MG) afirmou nesta terça-feira (13) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino cometeu crime de responsabilidade ao manifestar apoio político em público.
A declaração do ministro teria ocorrido durante uma aula magna no Centro Universitário da Universidade Dom Bosco, em São Luís (MA). De acordo com o senador, o local se tornou um "palanque eleitoreiro". Flávio Dino teria aproveitado a presença de um pré-candidato a governador do estado para indicar uma amiga para o cargo de vice-governadora .
Cleitinho disse que Dino errou por deixar de ser político. O senador afirmou anida que Luís Roberto Barroso, presidente do STF, "precisa entender que também não é político". O parlamentar argumentou que eles passaram de todos os limites e criticou duramente o Tribunal.
— Já cansei de falar. O Flávio Dino já disputou eleição. No ano que vem tem eleição. É só abrir mão do cargo e ir para a rua pedir voto. Vai para rua, vai bater na porta da casa da população, vai andar na rua, vai andar aqui em Brasília, em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e pedir voto. Vai fazer o teste de popularidade para ver se o povo brasileiro está satisfeito com o STF.
Cleitinho aproveitou o tempo de tribuna para denunciar a situação dos Correios. O senador afirmou que vai convocar o presidente da instituição, Fabiano Silva dos Santos, para prestar depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) sobre o déficit da estatal, que, segundo ele, está em quase R$ 3 bilhões. Ainda assim, os Correios pretenderiam gastar R$ 380 milhões com publicidade, incluindo R$ 4 milhões com um show de Gilberto Gil.
— Ontem fui a alguns pátios lá de Belo Horizonte, e está cheio de carreta parada. Por quê? Porque essas carretas são terceirizadas. Os Correios não estão pagando. Já tem quase três meses de falta de pagamento dessas empresas terceirizadas — lamentou.
O parlamentar mineiro disse que, com os caminhões parados, além dos cidadãos não receberem correspondências e remessas, os trabalhadores estão sem salário. Cleitinho relatou que, apenas no pátio que ele visitou na segunda-feira (12), havia cem carretas paradas. Ele cobrou providências do STF sobre o assunto.