Terça, 13 de Maio de 2025
18°

Tempo nublado

Brasília, DF

Senado Federal Senado Federal

Moro relaciona fraudes no INSS a mudanças aprovadas pelo governo

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (13), o senador Sergio Moro (União-PR) responsabilizou o governo Lula pelas fraudes em aposentadori...

13/05/2025 às 18h30
Por: Redação Fonte: Agência Senado
Compartilhe:
 - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
- Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (13), o senador Sergio Moro (União-PR) responsabilizou o governo Lula pelas fraudes em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, as irregularidades investigadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União ocorreram após a aprovação de mudanças na legislação que flexibilizaram critérios para liberação de repasses, favorecendo sindicatos e associações politicamente alinhados ao atual governo.

O parlamentar também criticou a suposta presença de familiares do presidente Lula em cargos de comando dessas entidades, o que, segundo Moro, teria contribuído para a prática dos desvios.

— Eu vejo, hoje, noO Globo, uma matéria que faz um retrospecto histórico de como votações neste Congresso, impulsionadas por emendas apresentadas por partidos de esquerda, permitiram a flexibilização [dos critérios] desses descontos sobre aposentadorias e pensões do INSS para direcionamento para sindicatos e associações "amigas", como, por exemplo, a Contag, que hoje é presidida por um filiado do PT, ou esse sindicato que tem por vice-presidente o irmão do presidente Lula, o tal do Frei Chico — declarou o senador.

Ele ainda relacionou o episódio à alteração da Lei das Estatais , promovida no início do atual governo. Para Moro, isso abriu caminho para a nomeação de aliados em cargos de empresas públicas sem que tivessem a qualificação adequada.

— Tudo isso fez o atual governo para que pudesse indicar, sem os óbices legais, os seus amigos, a companheirada, pessoas muitas vezes sem a qualificação necessária, e [em situações] repletas de conflitos de interesse, para cargos estratégicos nas estatais. Creio que ainda estamos vendo apenas o cume do iceberg — afirmou.