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Kajuru lamenta morte do papa Francisco

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (22), lamentou a morte do papa Francisco, ocorrida após a Páscoa (...

22/04/2025 às 16h31
Por: Redação Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
- Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (22), lamentou a morte do papa Francisco, ocorrida após a Páscoa (21). O senador destacou o simbolismo da data e apontou o papa como um dos líderes mais importantes da história da Igreja Católica. Ele ressaltou o desejo do pontífice de ser enterrado fora da cripta vaticana, em um único caixão de madeira, como sinal de devoção e simplicidade.

Kajuru relembrou a trajetória docardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, desde a eleição em 2013, quando escolheu o nome em homenagem a São Francisco de Assis,o santo da humildade.

— Primeiro pontífice da América Latina, autointitulou-se o papa do fim do mundo. E, na primeira vez que se dirigiu aos fiéis, no balcão da Basílica de São Pedro, antes de abençoar, pediu aos presentes que orassem por ele. Sinalizava o seu caminho como um líder da Igreja Católica. Em vez de aposentos no Palácio Apostólico, optou por uma hospedaria do Vaticano. Usava sapatos simples e viajava num automóvel sem pompas. Suas visitas começaram por refugiados e prisioneiros. Francisco sempre foi muito claro na defesa da simplicidade, da comunhão, do acolhimento, do amor e não do ódio — observou.

O senador destacou o papel do papa Francisco no combate aos abusos sexuais dentro da Igreja. Segundo ele, foi o papa que revisou o Código de Direito Canônico e ampliou a presença de cardeais de regiões como América Latina, África e Ásia. Kajuru também mencionou o esforço do papa em promover o diálogo com outras religiões e citou a visita dele à Península Arábica, onde chamou os muçulmanos de irmãos. O parlamentar também mencionou o olhar do papa para a desigualdade social, as mudanças climáticas e a imigração. Afirmou que, embora Francisco não tenha feito reformas radicais em temas como celibato e aborto, ele abriu espaço para os debates.

Transformador sem ser radical, o papa Francisco frustrou quem esperava mudanças revolucionárias em regras como as do celibato, do aborto e do sacerdócio das mulheres. Mas, conhecedor do ritmo de uma instituição com dois mil anos, ele soube, sem ferir dogmas, provocar o debate sobre temas controversos, entre eles o homossexualismo.O fato é que o papa Francisco marcou o mundo. Deixou exemplos que vão se arrastar, palavras que convencem. Deixou um legado que espero seja duradouro. Abriu um caminho. Rezo para que seu sucessor possa ampliar as mudanças na Igreja Católica — ressaltou.