A reunião com o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, realizada nessa segunda-feira (7/4), foi tema de pronunciamentos de parlamentares na sessão da Câmara Legislativa desta tarde (8). Os deputados que fazem oposição ao governo do Distrito Federal – acionista majoritário do BRB – não ficaram satisfeitos com as explicações de Costa; ao passo que a base governista defendeu a transação.
Ele explicou muito pouco, e o pouco que esclareceu não me convenceu”, afirmou Chico Vigilante (PT), avaliando a conversa com o CEO do banco público. O distrital questionou, ainda, a própria recondução de Paulo Henrique à presidência da instituição. Segundo informou, em outubro de 2024, o nome foi encaminhado ao Banco Central, que ainda não deliberou sobre a indicação. “É porque tem problema”, avaliou.
Por outro lado, o deputado Iolando (MDB) – que já foi líder do governo na Casa – defendeu não só a operação, mas também a competência do presidente do BRB: “Ficamos muito satisfeitos com o que foi falado. Foram quase 4 horas de sabatina. Acho que o governador pensou muito bem quando indicou Paulo Henrique, servidor de carreira da Caixa e com entendimento vasto para poder tomar as devidas medidas”, argumentou.
O deputado Gabriel Magno (PT) discordou: “Ele ainda deve muita explicação para a sociedade sobre esse negócio; pairam muitas dúvidas sobre a vantagem para o DF e o interesse de se comprar um banco que todos os especialistas têm dito que está quebrando, que está falido”.
Na mesma linha, o deputado Fábio Felix (Psol) considerou como “saldo” da reunião: “Perguntas e mais perguntas. Foi insuficiente. Estamos falando de uma operação de R$ 2 bilhões que tem relação direta com um banco público que é patrimônio da cidade”. O parlamentar arrematou: “Esse tema não acaba agora, com uma reunião a portas fechadas”.
Denise Caputo - Agência CLDF