O senador Cleitinho (Republicanos-MG) criticou nesta quarta-feira (7) decisões recentes do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que levaram à suspensão de multas impostas à Companhia Novonor S.A (nova denominação do Grupo Odebrecht) e ao grupo J&F, referentes a acordos de leniência no âmbito da Operação Lava-Jato.
A decisão sobre a antiga Odebrecht, anunciada no início deste ano, adotou o mesmo princípio que permitiu ao grupo J&F, em 2023, ter suas multas suspensas e seu acordo revisto em razão de supostos abusos cometidos quando da celebração dos termos com o Ministério Público Federal (MPF).
— Não vou ficar calado aqui, não. Acabei de entregar para a Procuradoria-Geral da República e eu espero que a PGR consiga barrar isso, porque a gente está falando aqui, gente, esses perdões de dívidas que o Dias Toffoli está fazendo, de R$25 bilhões que tinham que voltar para o povo brasileiro, que são de corrupção, são réus confessos, e ele está devolvendo para os ricos. Empresas que fizeram e enrolaram com a cara do povo brasileiro aqui.
O pronunciamento recebeu apartes dos senadores Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que concordaram com a crítica feita por Cleitinho.
O senador também comemorou a aprovação da urgência para a votação do projeto de lei (PL) 2.253/2022 , que restringe o benefício da saída temporária para presos condenados. O requerimento de urgência foi aprovado nesta quarta-feira (7), em Plenário, e o projeto deve ser pautado na semana após o Carnaval.
— Quero dar essa sugestão aqui para algum político que for criticar, que é a favor da saidinha, ou for votar depois contra esse projeto, e alguém que estiver assistindo a gente aqui que for contra a gente acabar com a saidinha. Está tendo Carnaval agora. Em vez de pular Carnaval na rua, você pode ir lá para a cadeia pular Carnaval com eles, fique à vontade.
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